Você já se sentiu prisioneiro da sua própria mente? Eu já. Muitas vezes. Na maioria delas nem tinha consciência disso. Hoje acho que percebo as pegadinhas da mente um pouco mais rápido. Mas isso não impede que eu ainda repita padrões antigos, que não me servem mais.
A vida é um eterno campo de exploração, evolução e crescimento. Por isso é tão importante ganhar perspectivas novas a todo o momento. A mente é uma resolvedora de problemas. É uma estrategista, nos ajuda a chegar do ponto A ao ponto B, da melhor fora possível e otimizando recursos. A mente foca no que falta, no que não está bom, no que precisa ser corrigido. É maravilhoso o que ela pode nos ajudar a realizar. O ser humano foi e é capaz de alcançar coisas incríveis e devemos parte do que conquistamos à ela. Mas nem sempre isso nos faz bem. Porque as vezes viramos escravos dela. Quando passamos a vida focados em alcançar tudo aquilo que não temos, por exemplo.
Um dia após o outro, pulamos da cama pra batalhar por aquilo que ainda queremos construir. Se conseguimos, a felicidade dura apenas alguns instantes, porque, imediatamente, achamos um novo objetivo pra alcançar. Se não conseguimos, nos frustramos e lamentamos porque nada saiu como queríamos. Direcionamos o nosso olhar e a nossa energia para aquilo que está distante e esquecemos de apreciar o que já está aqui. Perdemos a capacidade de perceber que já somos perfeitos e completos, e que não precisamos de mais nada, além de recuperar a capacidade de usar a mente como uma ferramenta. Só isso.
Perceber que a mente não é o nosso mestre e sim uma ferramenta, começa a transformar a nossa vida. Porque é nesse momento que nos damos conta de que atrás das grades que criamos pra nós mesmos, há um horizonte maravilhoso à nossa espera.