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#mindfulnesstododia D77


O Facebook me lembrou outro dia que essa foto fez 7 anos e ela é a melhor representação possível para o post de hoje do #mindfulnesstododia. Como falei ontem, para estabelecer relacionamentos saudáveis, é preciso ter maturidade emocional e cultivar a consciência e o autoconhecimento. Isso porque, se não soubermos direito o que esperamos do outro, como poderemos ser honestos a respeito das nossas expectativas e frustrações?

Se não pudermos comunicar de forma clara e coerente aquilo que se passa dentro de nós, é provável que a pessoa com a qual nos relacionamos nunca consiga nos conhecer verdadeiramente e, consequentemente, ainda que ela queira, não poderá corresponder às nossas expectativas. Nos sentiremos cada vez mais distantes e frustrados, criando cenários cada vez mais malucos nas nossas cabeças e perdendo a oportunidade de ver o relacionamento que é tão importante para nós, florescer. Mas, e quando nós sabemos exatamente o que esperamos, comunicamos de forma objetiva e clara e, mesmo assim, não recebemos de volta aquilo consideramos adequado e coerente? Ou, quando uma pessoa que já foi muito importante e presente na nossa vida, parece já não ter mais tanta afinidade conosco? Ou, ainda, uma pessoa com a qual nos sentíamos à vontade no passado, não parece valorizar aquilo que é extraordinário pra nós? Nesses casos, talvez seja hora de aceitar que a melhor saída é seguir em frente. Nós já sabemos que tudo no mundo muda o tempo inteiro. Sabemos que a inconstância e a impermanência são as regras do jogo nesse planeta em que vivemos. Se tudo está se transformando, porque é tão difícil aceitar que as pessoas passam por isso também? Se você é completamente diferente hoje do que era há 10 anos (ou há 10 minutos), como pode esperar que as pessoas ao seu redor caminhem exatamente na mesma direção e ao mesmo tempo que você? Como pode esperar que a proximidade, a intimidade e os interesses que vocês compartilhavam há 10 anos (ou há 10 minutos) sejam exatamente iguais? Você mudou, eles também. Às vezes o carinho, o respeito e as afinidades se renovam constantemente. Às vezes não. (Continua nos comentários 👇)

De um jeito ou de outro, quando a incompatibilidade toma conta da relação, talvez seja a hora perfeita pra deixar ir. Pra abrir mão. Pra aceitar que as pessoas, assim como o vento, vêm e vão.

Alguém que foi fundamental na sua vida numa época específica, pode ter cruzado o seu caminho com uma missão particular e não com a obrigação de permanecer ali, pra sempre. Não se apegue à memória do que já foi bom um dia e não é mais. As coisas mudam. Com o passar do tempo, eu aprendi a ser grata por cada pessoa que conheci, por cada conversa, cada situação que vivemos juntos. Mas, também, aprendi a aceitar e respeitar as despedidas, e a acolher os espaços vazios que elas deixam. Se eu puder te dar um conselho, seria: agradeça, se alegre e se preencha da certeza de que cada pessoa tem um papel na nossa vida. E você também tem um papel na vida delas. É uma troca. Mesmo que seja passageira.


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