Quem aí se lembra da história do patinho feio? Um 'patinho' que se sentia rejeitado e triste porque não se parecia com ninguém da sua família. Todos zombavam da sua feiura e ele passou muitos anos sozinho, tentando descobrir o seu lugar no mundo. Um dia ele encontrou um grupo de cisnes e tudo se transformou. Ele viu o seu reflexo no lago e descobriu que, na verdade, era um lindo cisne, não um pato feio.
Impossível não lembrar dessa história que fez parte da minha infância, quando vi essa cena no parque outro dia. O pato, lindo e colorido atrás. Um 'casal' de cisnes, com seus filhotinhos cinzas na frente. Quantas vezes na vida eu já me senti o cisne cinza, meio deslocado e esquisito, entre tantos patos coloridos e exuberantes. As vezes é preciso se retirar, como o patinho feio fez, pra depois descobrir que não há nada de errado com você. Nem com os outros. Cada pessoa é única, cada grupo tem o seu valor. Sempre há algo para aprender, mesmo com as pessoas que mais nos desafiam.
Mas, há momentos em que só a distância permite que essa reflexão aconteça. Olhar pra dentro, descobrir quem você é, conhecer a sua essência, o que te motiva, as suas paixões, o que te nutre e o que te desgasta. Tudo isso só é possível quando você aceita que não precisa agradar todo mundo. Que você não precisa se esforçar pra ser pato. Você não é. Você é cisne. Você é perfeito e completo, exatamente como é. Aqui e agora. Se os patos não conseguirem reconhecer isso, procure outro lago, outra turma. Encontre cisnes que se pareçam com você.
É a diversidade que faz o mundo um lugar tão interessante. Não se prenda aos rótulos e às expectativas de quem não entende o que se passa dentro de você. Saia da caixa, saia do armário, saia do automático. E viva. Viva a sua singularidade. Afinal, Você é único, é um milagre. Você é um lindo cisne. .