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Será que existe um jeito de reduzir os efeitos do estresse? Se você leu os últimos posts do #mindfulnesstododia, você aprendeu que o nosso corpo tem mecanismos incríveis pra nos proteger de situações de perigo e que os nossos pensamentos também podem ser interpretados como ameaças. Hoje quero explicar melhor sobre o impacto que os pensamentos têm na nossa vida.
Você já presenciou alguma situação em que 2 carros colidiram e um dos motoristas saiu do veículo totalmente transtornado, enquanto o outro, calmamente, olhava pra cena agradecido porque ninguém se machucou? Se você não tiver vivido uma situação exatamente igual à essa, tenho certeza que já viu algo semelhante. Duas pessoas, expostas ao mesmo estímulo, reagindo de formas completamente diferentes. Como isso é possível?
A terapia cognitiva sugere que a interpretação que damos aos “estímulos” (ou estressores), ou seja, o significado que atribuímos às coisas, determina como reagiremos em uma situação de pressão. Em outras palavras, se você acha que um carro é “só um carro” e que qualquer pessoa está sujeita a sofrer um acidente a partir do momento que decide dirigir um, talvez você não se sinta tão perturbado e aborrecido se isso acontecer. Ao contrário, se você for extremamente apegado ao veículo, ou assumir que a outra pessoa é uma “anta”, que devia ser proibida de sair de casa, possivelmente carregará os efeitos daquela cena, que durou um milésimo de segundo pra acontecer, por dias, semanas ou anos, sofrendo o impacto constante de tudo aquilo que te contei essa semana – tá lembrado?
Mas, essa “interpretação”, em geral, não é algo que escolhemos conscientemente. O nosso cérebro tem um repertório gigante de informações que foram acumuladas ao longo de toda a nossa vida, e escolhe a resposta que parece apropriada para cada situação. Na maioria das vezes, nós nem sabemos direito porque agimos do jeito que agimos. Vivemos no piloto automático. E isso é uma porta escancarada para o estresse dominar a nossa vida. Amanhã vou te contar como começar a mudar isso.